Crônicas: Dois shows em Los Angeles
Crônicas: Dois shows em Los Angeles
31 de maio de 2017
Crônicas: Dois shows em Los Angeles
Marina
Newsposter e colunista do U2 Brasil

As crônicas do U2.com para os shows de Los Angeles foram muito especiais. Para a primeira noite, as lembranças foram registradas escrita por uma fã de longa data. Para a segunda, tivemos o relato emocional de uma mãe que levou seu filho de 17 anos para ver o show - uma feliz coincidência, pois tinha ela 17 anos de idade quando ouviu o The Joshua Tree pela primeira vez. É o que você confere no resumo das crônicas de shows.

Primeiro show em LA: insista, persista e resista

As lembranças do primeiro show em Los Angeles ficaram por conta de uma fã de longa data do U2, Claudia Espinosa (@U2Baja), muito conhecida na comunidade de fãs do U2.

Canções de rebeldia, canções de alegria, canções de protesto, canções de esperança. A música do U2 preencheu espaços em minha vida porque não são apenas marcantes, mas inesquecíveis. Para fãs de longa data, não se vai a um show do U2 pela música ou pelo espetáculo, mas para ter um momento que lhe transporta ao passado, para um espaço cheio de alegria. Com os acordes iniciais de Streets, a banda caminhou para o palco principal agora iluminado de vermelho, a Joshua Tree desenhada atrás e uma sensação de excitação no ar.

Com o álbum executado em sequência, o Joshua Tree se revelou como um álbum que possa procurar o significado na América atual. "Bullet the Blue Sky" nos lembra que a "América não é apenas um lugar, é uma ideia". Running to Stand Still foi dedicada ao leão que foi Chris Cornell e à sua família. "Red Hill Mining Town" foi uma ode ao movimento dos trabalhadores e "Trip Through Your Wires" foi uma lembrança da beleza e grandiosidade que uma jovem banda irlandesa viu em sua primeira passagem pela América.

"One Tree Hill", escrita em memória de um amigo de Bono, sempre me faz sentir como se eu estivesse flutuando no mar, em um momento onde você está consigo mesmo. "Mothers of Disappeared" me lembrou que não importa o que aconteça, mesmo nos mais profundos momentos de tristeza, o amor de uma mãe sempre irá perseverar. E no final, o povo vencerá.

Se as canções do  The Joshua Tree são sobre o estado atual do nosso mundo, aquelas que vem depois fazem a diferença - que esperança, amor e alegria nos cercaram. "Beautiful Day" foi alegre e elevadora enquanto "Ultraviolet" levou mulheres do estádio e ao redor do mundo, para que elas insistam, persistam e resistam. Uma bandeira gigante com a foto de uma jovem Síria foi carregada pela multidão durante Miss Syria (Sarajevo) antes de "I Will Follow".

Segundo show em LA: ciclo completo

Cathleen Falsani tinha 17 anos quando ouviu The Joshua Tree pela primeira vez. Nesse show, ela levou seu filho de 17 anos para ver o show.

Quando eu tinha 17 anos o álbum foi para mim e para muitas outras pessoas um artefato cultural e uma pedra de apoio para minha consciência social, política e espiritual. Três décadas depois, as 11 faixas ainda me movem pelo mesmo caminho da primeira vez em que as ouvi na minha adolescência, no meu quarto.

Em 1987, minha mãe superprotetora não me deixou ir a um show em Meadowlands, New Jersey, então eu não tinha ouvido a maioria das canções do álbum serem tocadas ao vivo. Meu filho é um fã do U2 desde o seu nascimento e é um amante da música em geral mas o The Joshua Tree, com suas histórias construídas nas greves de mineiros britânicos, a guerra civil dos salvadorenhos e a política para estrangeiros dos Estados Unidos ressoam para meu adolescente. Ele me disse que as melhores horas foram quando dirigíamos de casa para o Rose Bowl. Ele já tinha falado isso antes, mas soou diferente dessa vez.

Ele é um observador natural. Quando Bono, Edge, Larry e Adam apareceram no palco principal, aquelas finas silhuetas pretas contrastando com a enorme tela escarlate, ele pegou o telefone dele e começou a gravar um vídeo. Eu peguei o meu e comecei a gravá-lo, mesmo fascinada pelo efeito que a música pode ter. Quando eu olhei para a plateia, percebi que havia muitos pais e filhos na multidão. Um pai com mais de 30 a poucos passos a nossa frente com sua filha em em idade escolar colocou-a nos ombros para que ela pudesse tirar uma foto melhor de The Edge com sua câmera Go-Pro. Uma mulher de meia idade com suas filhas adolescentes, cantando cada palavra de "One Tree Hill", que Bono dedicou ao vocalista do Soundgarden,  Chris Cornell, que perdemos naquela semana.

Em algum lugar em pé estavam amigos nossos - uma mãe, um pai e o filho de 6 anos de idade. "Foi um set dos sonhos"- ela escreveu mais tarde no Facebook. A The Joshua Tree é uma experiência definitiva se você quer dividir alguma experiência com uma geração mais jovem, com a esperança de que vai surtir um efeito similar ao que surtiu em você.

Voltando para casa, meu filho estava calado. Ele disse que adorou o show e especialmente os filmes de Anton Corbjin, JR e outros - especialmente os ícones luminosos do vídeo das mulheres líderes através da História e que acompanha "Ultraviolet".

Mas havia algo diferente e inesperado que ele iria se lembrar muito do show:

"Foi realmente interessante ver adultos dançando como eles provavelmente fizeram quando eram jovens" - ele falou. "É como se eles estivem completamente perdidos na música - num bom sentido, como se eles se lembrassem como eles se sentiam quando eles eram jovens. Foi realmente bacana ver aquilo, como a música faz aquilo".

Nesse precioso momento a vida - e a Joshua Tree - completaram um ciclo.

Oh great ocean
Oh great sea
Run to the ocean
Run to the sea...

Esse texto é um resumo das crônicas publicadas no U2.com.

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