Conhecido por produzir alguns dos discos mais icônicos de Michael Jackson, incluindo “Thriller”, e indicado para impressionantes 79 Grammy Awards, Quincy Jones tem dado uma série de entrevistas polêmicas nos últimos dias. O grande nome da indústria musical deu opiniões sobre personalidades que vão dos Beatles à filha de Donald Trump, Ivanka. E o U2 não ficou de fora.
Apesar de elogios a novos artistas como Bruno Mars, Kendrick Lamar, Drake, Ludacris, Common, Mary J. Blige e Jennifer Hudson, as entrevistas do produtor de 84 anos chamaram a atenção por suas críticas. Indo desde às “músicas-chicletes” de Taylor Swift até classificar os Beatles de “piores músicos do mundo”.
Em uma entrevista para a Vulture, Quincy começou elogiando Bono. “Bono é meu irmão. Ele deu meu nome ao seu filho.” Mas quando indagado se o U2 ainda está fazendo boa música, o produtor respondeu com um aceno negativo.
“Eu não sei. Eu adoro o Bono com todo o meu coração, mas há muita pressão na banda. Ele está fazendo um bom trabalho no mundo todo. Trabalhar com ele e Bob Geldof na anulação de dívidas [do terceiro mundo] foi uma das maiores coisas que já fiz.”
Quincy foi com Bono e Bob Geldof em 1999 para o Vaticano pressionar o então Papa João Paulo II na tentativa de diminuir a dívida externa de países em desenvolvimento. Ele comparou o feito à produção de “We Are The World”, a canção icônica de Lionel Richie que foi interpretada por diversos artistas para caridade.
Já para a revista GQ, o produtor comentou mais sobre essa visita ao pontífice.
"Todos os caras lá tinham estes sapatos pretos do Vaticano. Mas o Papa não. [...] Nós tivemos que ir e beijar sua mão antes de sairmos, e quando beijei a mão dele, olhei para baixo e vi os sapatos que ele usava e fiquei de queixo caído. Eu disse ‘cara, que sapatos de cafetão você tem.’ E ele me ouviu. [...] Quando ele morreu, eu peguei um jornal e Bono havia dito ‘Quincy disse que ele tinha belos mocassins’”.
Por fim, Quincy elogiou Bono.
“[Bono] é um grande cara. Eu fico em seu castelo quando estou em Dublin porque a Irlanda e a Escócia são tão racistas que assusta. Ele diz ‘tentando assimilar, Quincy, mas não é fácil’. Então eu fico em seu castelo”.