#TBT: U2 no pós-guerra em Sarajevo
#TBT: U2 no pós-guerra em Sarajevo
26 de setembro de 2019
#TBT: U2 no pós-guerra em Sarajevo
Marina
Newsposter e colunista do U2 Brasil

Era 23 de Setembro de 1997. O U2 estava na estrada, com a PopMart Tour. O local era o Kosevo Stadium, em Sarajevo, capital de Bosnia e Herzegovina. Sarajevo, anos antes (1992-1995) havia sido palco da sangrenta Guerra da Bosnia, produto de diversos fatores políticos e religiosos da região.

Dessa guerra, sobraram os relatos mais severos de violação dos Direitos Humanos.

Dessa guerra, o mais longo bloqueio armado da História Contemporânea – o cerco de Sarajevo – que atingiu sobretudo os civis. Tanques, canhões, metralhadoras, mísseis. Tragédia e desolação.

Dessa guerra, um esforço liderado pelo U2 para transmissões noturnas realizadas via satélite com bósnios durante os espetáculos da PopMart. A iniciativa foi alvo de toda sorte de controvérsias. Para uns, não era de bom gosto misturar música e tragédia humana. Para outros, simplesmente genial. E, com o fim do conflito e sob apoio das Nações Unidas com suas tropas de manutenção da paz, o U2 fez o primeiro espetáculo no país desde o fim da guerra.

Foi o primeiro grande evento em um território ainda sob os efeitos sangrentos dos conflitos armados.

Seria, de início, um pequeno show. Virou mais um espetáculo da apoteótica PopMart. Pessoas das mais diversas etnias, antes separadas por um conflito bélico, estavam lado a lado no show. O serviço de trens da cidade, interrompido durante a guerra, foi especialmente retomado para que o público prestigiasse o evento. No set list, Miss Sarajevo.

O novo cerco de Sarajevo era musical. Soavam não mais explosões e nem tiros ou sirenes. Soavam acordes. A população ouvia, enfim, uma nova melodia.

O show da PopMart em Sarajevo é considerado, até hoje, mais que um evento musical. É um evento histórico, um ato político, uma ação humanitária. Foi o marco oficial do país sobre o fim da guerra. A retomada da vida social, da autoestima como povo, a redescoberta da convivência pacífica.

Mas, mais que isso, o evento foi essencial para que o U2 a repensasse seu discurso sobre guerra, sobre paz, sobre unificação de fronteiras.

A guerra muda pessoas. A música, também. Então, mais do que palavras, imagem e som para relembrar...

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