Ao saber que ganhara tal prêmio, a primeira atitude de Bono foi questionar a Ali Hewson se merecia. "Ela disse que eu tenho que trabalhar bastante pra isso", conta o vocalista, rindo.

"Estou certo de que não mereço. Mas sou grato pelo prêmio e vejo-o como uma chance de dizer que a batalha pela equidade não será vencida a menos que homens liderem juntamente com mulheres. Somos amplamente responsáveis pelos problemas, portanto devemos estar a par com soluções".

Em contrapartida, Christiane Amanpour diz que concorda com a nomeação. Entre os motivos, cita que o astro não apenas tem sucesso acima dos palcos, mas principalmente fora deles. Cita os mais de 100 bilhões de dólares que Bono conseguiu fazer serem perdoados. Uma dívida que os 35 países mais pobres do mundo tinham para com os outros. Cita também a persuasão do vocalista para com o ex-presidente Bush, que acabou fazendo a maior doação da história, até a data, para o combate à AIDS na África.

A campanha mais recente criada por Bono é a Poverty Is Sexist, na qual é dada ajuda às mulheres mais pobres do mundo - as que sobrevivem com menos de 2 dólares por dia.

Hoje, 17 milhões de pessoas recebem medicação contra a doença, muito graças a Bono e a instituição ONE. Em 2000, esse número não passava de 300 mil beneficiados.  Agora, com Povert Is Sexist, Bono atenta o mundo que as maiores vítimas de AIDS na África são mulheres - 74% dos casos, entre adolescentes, ocorre em garotas.

Numa soma total, a arrecadação de doações para Povert is Sexist chega na casa dos 13 bilhões:

"Um número que vai salvar 8 milhões de vidas e prevenir outras 300 milhões de ocorrências até 2019. São mulheres e crianças reais que estão sendo salvas. Muito graças ao legado de Bono" - Christiane Amanpour.

Fonte: Glamour