Crônica: Um tempo para amar o próximo
Crônica: Um tempo para amar o próximo
02 de junho de 2017
Crônica: Um tempo para amar o próximo
Victor Ruyz
Colunista do U2 Brasil

Na quarta-feira, o icônico grupo irlandês, U2, retornou a Houston depois de quase oito anos estando distante. Trouxeram sua bem sucedida turnê referente ao álbum de 1987, The Joshua Tree, para nostalgia da plateia.

O show foi a primeira aparição da banda acima dos palcos após o devastador ataque em Manchester, onde 22 fãs foram mortos por um homem bomba depois da apresentação de Ariana Grande (A equipe de segurança de SMG, responsável pelos procedimentos do show de quarta feira, disse em um comunicado que não poderia informar os protocolos de segurança usados no estágio NRG).

The Lumineers abriram o show. Eles costumam tocar em anfiteatros e lugares parecidos. Mas ao final do set, a audiência se mostrou conquistada.

U2 começou o set com o baterista Larry Mullen Jr. fazendo as batidas iniciais de "Sunday Bloody Sunday" enquanto o resto do grupo, Bono, The Edge e Adam Clayton se juntavam no pequeno palco “dentro” da plateia. Um simples palco para uma enorme banda que significa tanto para tantos há anos. U2 percorreu por músicas “pré-The Joshua Tree”. Somente o U2 pode entregar um pequeno encore de hits logo no começo do concerto.

A apresentação de The Joshua Tree começou com o telão totalmente em um vermelho-sangue brilhante tirado das sessões fotográficas de Anton Corbijn que dissolveu-se em uma longa estrada ao longo do deserto. Então The Edge começou a introdução de “Where the Streets Have No Name”, trazendo um audível suspiro dos milhares presentes na assembleia.

Há poucas coisas tão encantadoras no rock como quando The Edge incendeia “Bullet The Blue Sky” com sua guitarra dentro de um estádio. Isso porque o álbum foi construído para ser tocado em estádios e arenas, graças aos toques de Daniel Lanois e Brian Eno. Não há mínimas emoções ao longo das 11 faixas, há temas de amor, anseio/permanência, injustiça, paranoia e o sonho americano.

Antes de “Exit” um clipe em preto e branco, dos anos 50, apareceu no telão. O nome é “Trackdown”. Apresenta um personagem chamado Trump, prometendo para a cidade que ele construiria um muro para ficarem protegidos de um suposto apocalipse – foi sutil, mas a maior indireta ao presidente dos Estados Unidos.

Depois da performance de The Joshua Tree, a banda foi para a seleção de suas favoritas, incluindo “Bad”, “One” e “Beautiful Day”. A mais notável foi "Ultra Violet (Light My Way)" que aparece com um slideshow com fotos de mulheres marcantes da história.

Sobre a nova música que o U2 tem constantemente terminado os shows, “The Little Things That Give You Away”, ela irá aparecer no vindouro álbum, “Songs of Experience”. A banda decidiu adiar o lançamento para após as eleições e a votação do Brexit – fato que pode fazê-lo ser o primeiro álbum politicamente relevante do U2 desde a administração de Reagan.

A banda mostra ter encontrado um novo fogo dentro de si ao tocar aquilo que definiu-os como uma “arena rock band” e como intelectuais do fim dos anos 80. Agora, 3 décadas depois, eles mostram estar redescobrindo o ritmo que fizeram deles heróis internacionais.

Fonte: Chron

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