Resenha: Quatro noites mágicas em São Paulo
Resenha: Quatro noites mágicas em São Paulo
18 de novembro de 2017
Resenha: Quatro noites mágicas em São Paulo
Victor Ruyz
Colunista do U2 Brasil

Pequena resenha sobre um espetáculo magnificente:

Dias 19, 21, 22 e 25 de Outubro.

São Paulo. Estádio do Morumbi. Cícero Pompeu de Toledo.

O setlist já previsto, já esperado, já desejado. Iniciando com “Sunday Bloody Sunday”. Só Larry na bateria. A magia começava. Começava com quem há mais de 40 anos começou tudo. Sentado à bateria, o homem que quando garoto colou um mural na escola, procurando por músicos. A batida militar. Então, o resto da banda sobe ao palco. Primeiro The Edge. Depois Bono e Adam. Imaginar que os quatro acima do palco criaram tal música há décadas, em um período de guerras, quando eram jovens, torna tudo mais grandioso.

Prosseguem com “New Year’s Day”, música também de 1983 - nascida carregando consigo o contexto de unificação, presente em trabalhos futuros da banda; com o passar dos anos o conceito de “we can be one”, se tornaria um dos alicerces da banda.

O público brasileiro não presenciou “Bad” em 2011 – tampouco em 2006; dessa vez sim. “If I could you know I would let it go”. Verso que traz significados intensos. Sobre situações que, por mais que queiramos longe, temos dificuldades para afastar. No primeiro dia de show, quinta-feira, antes da música teve trechos do livro “O Alquimista”.

“Pride (In the name of Love)” levanta todo mundo novamente e encerra a primeira parte do show.

Começa a execução do álbum “The Joshua Tree”. O homenageado da turnê.

Impossível não chorar ou, ao menos, arrepiar-se na introdução de “Where The Streets Have No Name”. Os membros da banda caminhando até o palco central. O telão explodindo em vermelho, funcionando quase como um espetáculo teatral de última geração. A árvore simbolizando o álbum, os quatro abaixo dela. As imagens de tão alta resolução geram uma experiência de imersão quase 3D. Em 2017, fomos convidados a mergulhar na década de 80 e reviver, com o U2, o disco que os alçou rumo ao topo do mundo.

“I Still Haven’t Found What I’m Looking For” teve sabor especial no dia 22, terminando brilhantemente com trechos de “Stand By Me”.

A calmaria de “With or Without You” se contrasta com a fúria de “Bullet The Blue Sky”. Apaziguando tudo novamente, tocam “Running to Stand Still”. Bono tocando gaita no final fez o estádio vibrar.

As canções menos conhecidas do tracklist – desconhecidas para o público geral ou quem não se aprofunda na discografia – começam. Primeiro a tão sonhada “Red Hill Mining Town”, depois a classe de “In God’s Country” e a maravilhosa “Trip Through Your Wires”. A tranquila “One Tree Hill” antecede “Exit”. “The hands that build can also pull down. Even the hands of love”. Brilhante.

“Mothers of Disappeared” encerra a segunda parte da noite de forma serena.

A terceira começa com os efeitos visuais no telão e o prenúncio de uma das mais belas canções feitas na década passada: “Beautiful Day”. No dia 19, com um trecho de “Starman”; no dia 21, “Mas Que Nada”.

“Elevation” e “Vertigo” fizeram as últimas energias das pernas irem embora. Quem presenciou o show sábado, ouviu snippets de “(I Can’t Get No) Satisfaction” e “Its Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)”, antes e depois, respectivamente, do momento vertiginoso.

Uma prévia do vindouro álbum aconteceu com “You are the Best Thing About me”.

No domingo, houve um bônus no setlist, com a inclusão de “Mysterious Ways”.

“Ultraviolet (Light My Way)” e o telão repleto de importantes figuras femininas.

“When I was all messed up and I had opera in my head, your love was a light bulb hanging over my bed.”

Terminaram os três primeiros shows com “One”. No último, fizeram um bis com “I Will Follow”.

Inspirador. Perfeição define.

O estádio ficou pequeno, durante quatro dias, diante uma banda gigante.

We need new dreams tonight.

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