Resenha do Irish Times – Música por música de “Songs of Experience”
Resenha do Irish Times – Música por música de “Songs of Experience”
25 de novembro de 2017
Resenha do Irish Times – Música por música de “Songs of Experience”
Victor Ruyz
Colunista do U2 Brasil

O jornal The Irish Times teve acesso ao novo álbum do U2, "Songs of Experience", e postou a sua resenha faixa por faixa. Leia a a tradução completa a seguir:

1. Love Is All We Have Left

A abertura estridente do álbum soa como "That’s Amore" de Dean Martin. Mas, ao invés de nos introduzir para uma história de amor em Napoli, nós temos Bono: “Nothing to stop this being the best day ever, nothing to keep us from where we should be. I wanted the world, but you knew better, and that all we have is immortality” [Nada para impedir que este seja o melhor dia de sempre, nada para nos impedir de onde deveríamos estar. Eu queria o mundo, mas você sabia melhor e que tudo o que temos é a imortalidade]. Ele canta de forma vulnerável e, às vezes, através de um vocoder, dando o tom e o tema de "Songs of Experience".

P.S.: Vocoder é um instrumento analisador e capaz de sintetizar a voz humana. Ele funciona como um codificador vocal. Sua função principal no campo de música é de tornar a voz humana numa voz sintetizada.

2. Lights of Home

Com a introdução de Bono fora de caminho, aí vem The Edge com uma estridente guitarra, Larry Mullen Jr. entrando em ação e Adam Clayton unindo tudo. Os garotos estão de volta ao jogo! A música é construída para uma apresentação ao vivo – isso é algo que, aparentemente, foi bastante trabalhado neste álbum -, com refrão climático e cheio de “heys” e “woah-ohs”. Você quase consegue ouvir os estádios cantando junto.

3. You’re The Best Thing About Me

O primeiro single do álbum, lançado em Setembro, alcançou a posição 93 nas paradas irlandesas. Provavelmente não foi o impacto que a banda esperava. Ilude-nos de que se trata de uma canção de amor, mas é tudo sobre auto sabotagem, sob revestimento de um soft-rock gloss.

4. Get Out Of Your Own Way

"Songs of Experience" foi produzido por Jacknife Lee, colaborador de longa data, que também trabalhou no último álbum dos The Killers, lançado em Setembro deste ano. "Get Out Of Your Own Way" soa exatamente como uma música dos Killers. Ou, isso soa exatamente como um som do U2 que os The Killers podem eventualmente fazer.

5. American Soul

"American Soul" começa com Kendrick Lamar, cantando trechos da canção "XXX", que aparece em seu álbum "DAMN". A primeira canção política do álbum tem um ritmo impetuoso. Esse ritmo furioso serve para esquecermos trechos como “Let it be unity, let it be community / For refugees like you and me / A country to receive us/ Will you be our sanctuary / Refu-Jesus” [Deixe ser unidade, deixe ser comunidade / Por refugiados como você e eu / Um país para nos receber / Você será nosso santuário / Refu-Jesus].

6. Summer of Love

Bem, esta é uma pequena cantiga que salta em um bom ritmo. Com uma gentil constante batida, há um “twang” do sul para esta música sobre verões desperdiçados. Há uma jovialidade e ar reflexivo para a música, olhando para trás em um momento que talvez estivesse mais despreocupado.

7. Red Flag Day

Continuando com as metáforas da praia, "Red Flag Day" é sobre aproveitar um momento e saltar às cegas. Ou, em outros termos, mergulhar na água sinalizada como muito agitada e perigosa. Um site de fãs do U2 concluiu que esta música é inspirada pelos refugiados da Síria. “Baby, it’s a red flag day/ Baby, let’s get in the water/ Taken out by a wave where we’ve never been before" [Querida, é um dia de bandeira vermelha / Querida, vamos entrar na água / Tomada por uma onda onde nunca antes estivemos], canta Bono, com palmas complementando o refrão.

8. The Showman (Little More Better)

Dirigindo-se ao ego dos cantores, "The Showman" é uma partícula leve e cínica sobre os artistas e como não devemos levar o que eles falam muito a sério. Anotado, Bono. “The showman gives you front row to his heart / The showman prays that his heartache will chart / Making a spectacle of falling apart / Is just the start of the show” [O showman dá a primeira linha ao seu coração / O showman reza que a sua mágoa irá traçar / Fazendo um espetáculo de desmoronar / É apenas o começo do show]. O refrão é totalmente grudento, repleto de trechos que apontam para todos na indústria musical.

9. The Little Things That Give You Away

Esta é uma das músicas mais lentas que captura quando você ama alguém, mesmo no seu pior, é com muita facilidade a probabilidade de poder se perder com a ansiedade e o caos da vida. O verso final cai em um fluxo frenético de consciência, marcando esta como uma das músicas mais complexas e pessoais no álbum.

10. Landlady
É seguro dizer que "Landlady" é, novamente, sobre Ali, a "Landlady" de sua mansão em Killiney, a porteira de seu coração. “Every wave that broke me / Every song that wrote / Every dawn that woke me/ Was to get me home to you” [Toda onda que me quebrou / Toda música que escreveu / Todos o amanhecer que me despertou / Era para me levar para casa]. Ele canta, ao som de um violão metálico, detalhando como ela sempre sabe que é ele tocando a campainha, depois de uma longa turnê - as turnês que podem prejudicar seu relacionamento.

11. The Blackout

"Blackout" foi a canção teaser que provou que este tão esperado álbum estava no caminho. Embora não seja um single oficial de SoE, o U2 lançou em Agosto, tornando a sua primeira música nova em três anos e um ataque direto ao estado... do mundo, em geral. “Statues fall, democracy is flat on its back, Jack" [As estátuas caem, a democracia é plana nas costas, Jack]. Bono ronrona sobre uma batida sinistra, voltando para as vergonhosas letras de "Elevation". (“A mole, living in a hole, digging up my soul…”) . Porém, felizmente, os erros líricos são escassos aqui.

12. Love Is Bigger Than Anything In Its Way

O tamanho grande do nome música talvez seja a coisa mais interessante sobre ela. De acordo com um site fã-clube, é o maior título da carreira da banda. Está cheia de clichês que normalmente acompanham um cartaz de um gato pendurado em um ramo à caminho da vida querida.

13. 13 (There Is A Light)

Bono está se aproximando de pessoas com espasmos de depressão, pedindo-lhes que não desistam da esperança. “I know the world is done, but you don’t have to be” [Eu sei que o mundo está pronto, mas você não precisa ser]. Ele os tranquiliza, antes de fechar a música suavemente com "esta é uma música para alguém, alguém como eu". Embora tenha um início complicado, o cerne emocional desta música apresenta uma imagem mais clara do que Bono passou por causa de seu acidente. Seu momento próximo com a mortalidade despertou uma abertura com a bateria de Larry proporcionando uma batida de coração, é o mais humano que Bono tem sido há algum tempo.

Fonte: Irish Times

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