O U2 tem se envolvido em várias campanhas com a Anistia Internacional e tem incansavelmente lutado pelos direitos humanos em todo o mundo. Esta parceria começou em 1986 com a turnê comemorativa dos 25 anos da organização, "Conspiracy of Hope", que contou com a participação de U2, Sting, Peter Gabriel, Bryan Adams, Lou Reed e Joan Baez, embalando os estádios de São Francisco a Nova York. Não foi só uma celebração, mas uma tentativa de conscientizar a população americana sobre as causas defendidas... e funcionou. O número de associados à Anistia triplicou em questão de semanas e a turnê, que teve seis shows, arrecadou cerca de $3 milhões – o equivalente ao orçamento anual da organização.
Em 2005, a Anistia Internacional concedeu à Bono o prêmio "Embaixador da Consciência", uma homenagem a personalidades comprometidas com a proteção e promoção dos direitos humanos. "Desde o Live Aid, em 1985 (...) o U2 fez, sem dúvida, mais do que qualquer outro grupo para trazer à tona a causa dos direitos humanos no mundo em geral e o trabalho da Anistia Internacional em particular", declarou a secretária-geral da entidade, Irene Khan.
Em 2009, com a 360° Tour, a banda promoveu a nova campanha da Anistia, "Exija Dignidade", que buscou acabar com os abusos contra os direitos humanos das pessoas que vivem na probreza. Voluntários foram encarregados de buscar a adesão de novos membros e de explicar como podem fazer parte de questões importantes que envolvem a campanha.
Durante a turnê em 2009, o U2 convidou os fãs a segurarem máscaras do rosto de Aung San Suu Kyi, símbolo da luta pela democracia em Mianmar, até então presa. Quando soavam os primeiros acordes de "Walk On", canção escrita sobre ela, voluntários subiam ao palco segurando suas máscaras e tudo se transformava numa completa e linda homenagem. No show do dia 27 de julho de 2009, em Dublin, Bono anunciou que a ativista foi reconhecida com o prêmio "Embaixador da Consciência", da Anistia Internacional.
Aung San Suu Kyi foi libertada em novembro de 2010, após 15 anos em prisão domiciliar.
Nos shows seguintes, o U2 passou a divulgar sua mensagem em defesa dos direitos humanos.
Quando a turnê passou pela América Latina, a Anistia deu enfoque às comunidades indígenas. No Brasil, a campanha pedia proteção da tribo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul.
Fontes: Atu2, UOL Música, Terra Música, AmnestyUSA e Blog Outros Olhares
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