Especial Pré-Tour: O lançamento de “Songs of Innocence”
Especial Pré-Tour: O lançamento de “Songs of Innocence”
10 de maio de 2015
Especial Pré-Tour: O lançamento de “Songs of Innocence”
Vicky
Editora do U2 Brasil

Os fãs do U2 encontravam-se em uma espécie de "limbo" já estávamos há 3 anos desde o fim da grandiosa "360 Tour" e há 5 de "No Line on The Horizon".

Bono sempre aparecera durante esse tempo em suas entrevistas defendendo que a banda estava trabalhando em um novo álbum e isso alimentava rumores e especulações sem fins. Datas eram divulgadas, setlists, títulos, capas... A lista de produtores convidados por eles para trabalharem parecia infinita. Diversos músicos diziam ter estado em estúdio com os irlandeses, mas nada de concreto. Bono chegou a afirmar que estavam em 3 trabalhos diferentes. O U2 voltaria ao seu antigo flerte com a música eletrônica? Ouviríamos duetos?

O que a banda divulgou durante o seu hiato não ajudou aos fãs descobrirem qual direção estavam tomando. A bela "Ordinary Love" pouco tinha a ver com "Invisible" e as duas iam na contramão das "inéditas", porém tocadas na turnê "North Star" (puxa, aliás o que será que aconteceu com ela?) e "Glastonburry". Os títulos: "10 Reasons to Exist", "Sirens"... O U2.com mantinha a mesma identidade visual. Em resumo: ser fã do U2 nos últimos anos havia virado um grande jogo de espera e adivinhação.

No início de setembro de 2014, as máquinas começaram a trabalhar com mais gás... Aparentemente a parceria U2 e Apple ressurgiria e isso tinha algo relacionado ao novo trabalho da banda. Mas como? Em 09/09 a gigante da maçã traria a público um evento para o lançamento mundial de seus produtos, e de alguma maneira os irlandeses estariam envolvidos. Uma grande tenda para o evento foi construída em Cupertino, cidade sede da companhia. Os corações aceleraram... Seria apenas mais um alarme falso?

No meio da tarde, com o evento já acontecendo, um e-mail é recebido pelos fãs que assinam a página da banda: "Em breve tudo será revelado". Tim Cook, CEO da Apple, desfilava todas as novidades diante de uma plateia de famosos e estusiastas, até que no final, repetindo o gesto que Steve Jobs havia feito em 2004 para o lançamento do iPod em parceria com o U2, às 16h ele anunciava "apenas mais uma coisa".

O U2 sobe ao palco e bang! O maior lançamento da história da música. Gostem ou não, aprovem ou não, a parceria entre a banda e a companhia garantia que cada proprietário de um dispositivo Apple, ou dono de uma conta no iTunes, recebesse gratuitamente e instantaneamente a partir daquele momento uma cópia digital de "Songs of Innocence", o novo trabalho dos rapazes de Dublin. Ao vivo eles executaram a canção que abria o disco e sua nova fase: "The Miracle (of Joey Ramone)".

Se o lançamento de "No Line" tinha sido grandioso, esse era estratosférico, e como sempre a repercussão – positiva e negativa – também foi. A gigante da maçã teria desembolsado 100 milhões de dólares pelo direito ao novo trabalho do U2, e os deu de presente aos milhões de pessoas em volta do planeta. Mas o presente não foi bem visto. Alguns usuários e proprietários de produtos Apple ficaram furiosos, e a própria empresa acabou tendo que divulgar um tutorial de como não ter o novo disco do U2 descarregado.

Alguns músicos e artistas também não concordaram com a estratégia da banda, porém no final, podemos dizer que mais uma vez, além de ter chacoalhado com o mundo da música, o U2 foi muito bem sucedido. Com o lançamento de "Songs of Innocence", todo o catálogo da banda voltou ao topo da parada de vendas pela iTunes Store, e as críticas ao trabalho no geral foram muito positivas também. "Songs of Innocence" é um dos álbuns mais pessoais feito pelos quatro, a inspiração deles foi se voltar para dentro para sua infância, para a sua cidade natal. Bono fala sobre a sua mãe, temos as cenas e a sensação de sermos guiados pelos 4 adolescentes nas descobertas da música, da liberdade, dos amores. O CD é muito bem produzido, a sonoridade nova que eles queriam, sem abandonar os traços característicos e clássicos da banda está ali. A capa do álbum controversa para os que não entenderam o seu significado, mostra a bela relação entre pai e filho... A inocência.... E nos brinda com uma bela imagem daquele que foi responsável por nos trazer até aqui: Larry Mullen Jr.

O DNA do U2 esté em cada faixa. E a banda vem reforçando isso desde o momento do lançamento nos vídeos, nas entrevistas. Noel Gallagher criticou Bono pela sua mania em insitir na explicação das letras que faz. Mas para todos é um deleite, um mergulho profundo na alma, na vida, e na história de cada um este novo trabalho. Os vídeos feitos para ele endossam isso, as fotos de divulgação.

Segundo dados, 2 milhões de cópias físicas já foram vendidas do novo trabalho do U2, o que para o mercado atual não é uma venda nada mal.

Porém, desde setembro, já estamos todos na ansiedade de aguardar o "irmão" de "Songs of Innocence". A banda e Bono sempre disseram que eles lançariam dois álbuns, e confirmaram isso. Tendo se inspirado na obra do poeta William Blake, o livro "Songs of Innocence and Experience", a banda estaria com seu novo trabalho – e complementar ao atual – já engatilhado. Por enquanto não temos previsão de lançamento, mas com a nova turnê batendo a porta – faltam 4 dias!!!! – sabemos que o conceito de trabalhar com essa viagem entre a inocência e a experiência faz parte de todo o conceito da banda no momento, inclusive no palco.

Vale a pena esperar...

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